As aulas começaram imunes ao meu amargor,
Tanta cara nova, tantos sonhos por revelar...
Os dias arrastam-se num limbo de dor
Finjo alegria com a alma a gritar.
Transmito, debito, explico,
repito, indago, solicito.
Inexoravelmente cumpro as obrigações
Olho em frente, mas nada me ilumina.
Tenazmente procuro explicações
Ignorando que a busca termina
numa parede de silêncio.
Calar para não gritar
as lágrimas que trago escondidas,
as perguntas proibidas
Que tenho que evitar.
Invento nevoeiros de palavras por dizer,
Ecos de projectos inacabados
Fragmentos amachucados
de sonhos por viver.
Cansada desta luta sem fim
Abrigo-me, escondida, dentro de mim.
quarta-feira, 27 de setembro de 2006
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