sexta-feira, 11 de julho de 2008

Exame nacionais de Matemática e Português

As politicas da "doce Ministra de Educação" estão a dar o resultado público que pretendia, tanto que finalmente conseguiu "calar" as criticas com uma melhoria estrondosa nas notas à disciplina de Matemática, quer nos exames de 12º ano, quer nos exames nacionais do 9º ano, que registaram uma enorme melhoria, fruto do "trabalho e esforço de investimento no Plano da Matemática", contudo os especialistas alertaram desde logo para o facilitismo dos exames de Matemática deste ano. Tendo a Sociedade Portuguesa de Matemática considerado a "prova elementar"!!!
Os resultados da 1ª fase dos exames de Matemática do Ensino Secundário revelaram uma melhoria global, com subida das médias e descida das reprovações, a média de Matemática passou dos 9,4 do ano passado, para os 12,5 valores deste ano, com as reprovações a descerem de 18 para sete por cento.
Nos exames nacionais de Matemática de 9º ano (níveis de 1 a 5), a percentagem de alunos com negativa foi de 44,9 por cento, enquanto que no ano transacto tinha atingido os 72,8 por cento. Este ano, dos 94 832 alunos que realizaram a prova de Matemática, 52 273 tiveram positiva e 42 559 obtiveram menos de três valores. Os alunos com notas de 4 e 5 aumentaram e os alunos com nota mínima (um) desceram para apenas 3,3%. contra os de 25,6% do ano passado.
Segundo a ministra "Estes alunos são outros e estão mais bem preparados" e "com o Plano de Acção da Matemática" fizeram "o que fazem os pais quando arranjam explicadores para os filhos".
Contudo, o cerne da questão não reside aqui, visto que A Sociedade Portuguesa de Matemática alertara para a facilidade do exame, avisando para a "inflação" que este tipo de exames iria provocar nas notas. O que, efectivamente, se verificou!!!
Mas, para o país e Encarregados de Educação o que interessa não é o "saber real", mas sim os resultados positivos que amaciam raivas e rancores, "tapando o sol com a peneira" do facilitismo.
Já em Português o caso foi o inverso com descidas percentuais nas notas obtidas.
Nos exames de 12ª ano a média de Português, pela primeira vez em três anos ficou abaixo dos 10 valores, tendo descido de 10,8 para 9,7 e as reprovações subiram de cinco para oito por cento.
Dos 60.281 alunos que realizaram esta prova, oito por cento não conseguiu obter a classificação mínima, um acréscimo de três por cento face ao ano lectivo anterior. Tendo a Associação de Professores de Português (APP), imediatamente após a realização do exame, criticado a prova, sustentando que havia perguntas a suscitar “algumas dúvidas”, tendo sido usada a terminologia linguística em revisão. Edviges Ferreira, Vice Presidente da Associação Professores de Português, considerou que os resultados dos exames de Português do 12.º ano foram um "descalabro ", mas que não surpreenderam a Associação.
No exame de Português de 12º ano saiu matéria relativa à obra Os Lusíadas que, no 12º ano são unicamente leccionados em comparação com a Mensagem de Fernando Pessoa e, no tema para desenvolvimento, foi escolhido um texto do Padre António Vieira, que era do programa do 11.º, provocando confusão e levando muitos alunos
No exame de 9º ano de Português as coisas também pioraram um pouco, dado que houve 16,7 por cento de reprovações, quando no ano passado só tinham reprovado 13,7 por cento dos alunos. Dos 94 386 alunos que realizaram este exame, 15 819 tiveram notas negativas e 78 567 obtiveram positiva, 0,3 por cento desses alunos não passaram do nível 1, enquanto 16,4 por cento obteve o nível 2, o que corresponde a 16,7 por cento de negativas. No ano passado as negativas tinham correspondido a 13,7 por cento (0,2% no nível 1 e 13,5 no nível 2). Em relação às notas positivas, 47,2 por cento dos alunos alcançou o nível 3, enquanto 31,9 por cento obteve o nível 4 e apenas 4,1 por cento atingiu o nível máximo, ou seja nível 5.

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