domingo, 22 de abril de 2007

Solidão


A solidão instalou-se dentro de mim.
Recuso qualquer convite antes de o ouvir,
o meu coração encerrou-se atrás de uma porta de betão.
Nada me anima, nada faz bater mais forte o meu coração aprisionado.
E assim vogo nos dias cismando o que fui e não recuperarei
As lágrimas tornaram-se a minha fuga e o meu consolo
Não sei em que direcção agir, só penso em fugir para dentro de mim
É tão bom este esconderijo inexpugnável.
E assim a vida não me chama e esquece-se que eu existo
Morrendo lenta e conscientemente.
O crepúsculo é a minha mortalha.

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