Hoje acordei e senti-me sozinho
Um barco sem vela
Um corpo sem linho.
Amanheci e vesti-me de preto,
Um gesto cansado
O olhar do deserto.
Quando todos vão dormir
é mais fácil desistir,
Quando a noite está a chegar
É difícil não chorar.
Eu não quero ser
a luz que já não sou,
Não quero ser o primeiro
Sou o tempo que acabou.
Eu não quero ser
As lágrimas que vês,
Não quero ser primeiro
Sou um barco nas marés.
(...)
Pedro Abrunhosa
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