sábado, 25 de novembro de 2006

"Sempre ausente"

Sempre gostei de António Variações:
pela ousadia de ser diferente, pela coragem
de enfrentar uma sociedade alicerçada em preconceitos,
por ser quem era sem se preocupar com rótulos limitadores....
De entre as suas músicas, esta toca-me particularmente:

Sempre ausente

Diz-me que solidão é essa
que te põe a falar sozinho
diz-me que conversa
estás a ter contigo

Diz-me que desprezo é esse
que não olhas p'ra quem quer que seja
ou pensas que não existe
ninguém que te veja

que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos

uh-uh-uh-uh-uh-uh
uh-uh-uh-uh-uh-uh

lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente

mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar
mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar
mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar

diz-me que loucura é essa
que te veste de fantasia
diz-me que te liberta
de vida vazia


diz-me que distância é essa
que levas no teu olhar
que ânsia e que pressa
que queres alcançar

que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos


uh-uh-uh-uh-uh-uh-uh
uh-uh-uh-uh-uh-uh-uh

lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente


mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar
mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar
mas eu estou sempre ausente e não me conseguem alcançar
não me conseguem alcançar
não me conseguem alcançar
não me conseguem alcançar


António Variações

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