A solidão é a minha companhia.
Pretendida?
Confessso que a maioria das vezes sim...
Sou solitária por natureza
é um hábito enraizado em mim,
este de me fechar dentro de mim....
de me enrolar como um bichinho de conta,
de me esconder como a ostra protege a pérola.
Às vezes solto-me e confesso dores que ditas me parecem ridículas,
sofrimentos que nada são em comparação com a realidade do quotidiano.
Outras, sofro em silêncio com um sorriso nos lábios e uma lágrima no coração...
Mas dias há em que um gesto me enternece, uma voz me acalenta os sonhos,
Um carinho que me preenche o vazio dos dias.
Um carinho que me preenche o vazio dos dias.
Um olhar me ilumina a negritude e a pincela de cores vibrantes,
em que o susssurrar duma voz me embala, numa antiga música de ninar.
A esta melodia chamo esperança...
A esta esperança me agarro
para não enlouquecer...
Ou para soltar a minha voz que tanto silenciou.
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