Há dias em que a esperança renasce,
Em que o sol brilha e me aquece
A alma fria e desiludida.
Dias, nos quais me entrego
ao calor dos que me mostraram carinho,
Durante este árduo caminho,
Em que a dor era o meu alter-ego.
E os sonhos caiam, desfeitos
Um a um, antes de os sonhar...
O ar que respirava parecia-me rarefeito
Tal era a dificuldade em respirar.
Dores emocionais que eclipsavam
Memórias de dias outrora felizes,
Abismos que me afundavam
Nas escolhas, em que os deslizes
Venceram a razão,
Eclipsando a racionalidade,
Arrastando-me para a solidão,
Irmã secreta da insanidade!
A luta que dia-a dia travo
É dura, amarga e cruel.
Com as lágrimas lavo
O meu rasto de fel...
Ah! Se ao menos recuperasse
As cores que antes me iluminaram
E ficasse tão exausta que esquecesse
Os dias sombrios que me endureceram
O coração dolorido
De tanto ter sofrido...
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