Como é difícil fugir do abismo
Que suga, num vórtice de energia,
Todas as forças com que tento resistir...
Aos pensamentos em que sempre cismo,
Sem me aperceber que urgia,
Voltar a ser eu e sorrir
Sem que um assombro de tristeza
Me nublasse a alegria
Que fugaz esconde a beleza
Dum sorriso espontâneo que, inesperadamente,
Faz renascer em mim a certeza
Que tudo passa mais rapidamente
Do que a dor me quer fazer acreditar
Ditadora da minha vontade
Com quem acerrimamente
Me forço a lutar
Para recuperar a minha liberdade.
Passo a passo luto,
Passo a passo procuro com ansiedade
A chave para fugir
desta triste realidade.
Passo a passo
Tento fugir deste labirinto
Com grande esforço
Vou tentando subir
Os degraus deste poço
Em que nada sinto,
Em que me via a sucumbir
Num amargo de absinto.
Agora já tento ver a luz
Que antes julgava que me cegava.
E agora, lentamente, sinto que me seduz
Para lutar contra a dor que antes cegamente aceitava.
terça-feira, 9 de janeiro de 2007
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